ABJURO
A dor inaugura meu peito
Expondo um frágil coração
Saudade desvela um enredo
E contempla com uma ilação
De um tempo de holocausto
Onde era frívola alguma razão
E o vivenciar nunca foi o lastro
Enquanto partícipe da comunhão
E não será com alarde ou fragor
Que virei a receber alguma atenção
Pois o dissidente só deseja alçar voo
Caso fendido pelo poder da dissuasão
É injusta a intenção de capturar
Na tênue conjuntura de prender
Tal qual no outrora, não se vá
Ou do acaso ficarei a mercê
Pois foi em comum desacordo
Como lhe aprouve, sem leniência
Perdoa-me ser a ti este estorvo
Entorne toda esta excrescência
Então neste instante eu abjuro
Com as forcas que me restam
Pois introjetar um fator nulo
Denota ignomínia funesta