ABJURO

A dor inaugura meu peito

Expondo um frágil coração

Saudade desvela um enredo

E contempla com uma ilação

De um tempo de holocausto

Onde era frívola alguma razão

E o vivenciar nunca foi o lastro

Enquanto partícipe da comunhão

E não será com alarde ou fragor

Que virei a receber alguma atenção

Pois o dissidente só deseja alçar voo

Caso fendido pelo poder da dissuasão

É injusta a intenção de capturar

Na tênue conjuntura de prender

Tal qual no outrora, não se vá

Ou do acaso ficarei a mercê

Pois foi em comum desacordo

Como lhe aprouve, sem leniência

Perdoa-me ser a ti este estorvo

Entorne toda esta excrescência

Então neste instante eu abjuro

Com as forcas que me restam

Pois introjetar um fator nulo

Denota ignomínia funesta

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 15/06/2021
Reeditado em 15/06/2021
Código do texto: T7279166
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