Castelo em ruínas

Morrendo aos poucos como uma flor não regada como deveria.

A tua presença já não tem a essência de outrora é mais ausência disfarçada de obrigação.

Acusações virou ações continuas, não gestos e cestos para alimentar e acalentar nossa alma.

Me vejo numa encruzilhada e numa cruzada comigo mesmo.

Será que só amor é suficiente pra manter algo entre nós?!

Às vezes tenho a sensação que cada vez estamos ficando mais longe e sem sintonia.

O que não se planta não nasce e que não cultiva não se mantém.

Tenho que aprender ouvir mais minha intuição porque ela muitas vezes me salvou de ficar soterrado e morrer, mas contigo tenho ignorado todos os sinais dos canais do Monte Sinai do meu subconsciente. Me iludindo com lampejos da minha ansiedade errante e divagante.

Às vezes me sinto em um castelo em ruínas que sei que está desmoronando, mas fico preso na doce ilusão que ele não vai cair e nas sombras de pífios atos seus de óbolos. Mas será que já não caiu ? Nós estamos nos escombros se escorando no que sobrou?!

Caio Montenegro Damazio
Enviado por Caio Montenegro Damazio em 15/06/2021
Reeditado em 08/03/2022
Código do texto: T7279086
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