Desafinado desatino (da oficina)
Olhos castanhos qual camaleão,
nariz traquino qual tamanduá,
voz afinada entre Ré e Fá,
orelhas de quem presta atenção.
Um ar de recatada educação,
andar macio bem descontraído,
cabelos, alguns anos já vividos,
caídos sobre o pomo de Adão.
Assim eu era quando a conheci:
um mago, um sorriso ambulante...
o corpo um tanto esguio, aconchegante,
com o viço que, enfim, também perdi.
Agora eu desafino em Sol e Si,
enquanto ela procura um novo amante.
E bem, provavelmente, neste instante,
desdenha destes versos, por aí...
Olhos castanhos qual camaleão,
nariz traquino qual tamanduá,
voz afinada entre Ré e Fá,
orelhas de quem presta atenção.
Um ar de recatada educação,
andar macio bem descontraído,
cabelos, alguns anos já vividos,
caídos sobre o pomo de Adão.
Assim eu era quando a conheci:
um mago, um sorriso ambulante...
o corpo um tanto esguio, aconchegante,
com o viço que, enfim, também perdi.
Agora eu desafino em Sol e Si,
enquanto ela procura um novo amante.
E bem, provavelmente, neste instante,
desdenha destes versos, por aí...