"PRISIONEIRO DA ILUSÃO"

Apesar da insensibilidade,
e da ingratidão...
Meu olhar ainda é de carinho,
nada mais tinha a perder...
Sendo assim me sinto liberto,
das grades invisíveis da ilusão...

Cela fria, paredes sem pinturas,
descascadas pela ausência de vida...
De onde ainda te olhava com ternura,
por uma fresta estreita, tão fina...
Onde pequenos fleches de luz, de seu dia lá fora...
Amenizava a noite que aqui se fazia...

Sim, aqui agora começa nova rotina,
quebram-se as rochas; janelas se abriram...
Posso ver melhor agora, o mundo,
onde o dia amanhece e a noite termina...
E posso decidir se durmo para os sonhos,
onde ainda vens me atormentar...

Ou se desperto,
e sigo, meu destino incerto...
Com a esperança renovada,
de outro grande amor encontrar...


Bene

Benedito Oliveira
Enviado por Benedito Oliveira em 02/06/2021
Reeditado em 20/05/2022
Código do texto: T7269517
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