EU NEGO MEU NÊGO
Eu nego meu nêgo
É verdade que a ti dediquei
O épico "Samba em Prelúdio'"
O certo é que eu me enganei
Ao engano, o meu repúdio.
Eu nego meu nêgo o que falei
Sem ti eu sei que sou e sei que vou
É que por ti muito eu já renunciei
Eis que agora a revolução chegou.
Saiba que meu jardim refloresceu
Que a chama novamente brilhou
Fora ciso pois, o riso reapareceu
O barco no mar flutuou, serenou.
Será que foi só dor de desilusão
Ou por que confiança feneceu?
Foi o rancor de uma traição?
Ou será que foi o amor que morreu?
Eu nego meu nêgo.
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Samba em Prelúdio'
"Eu sem você
Nao tenho porque
Porque sem você
Nao sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar
Eu sem você
Sou só desamor
Um barco sem mar
Um campo sem flor
Tristeza que vai
Tristeza que vem
Sem você, meu amor
Eu nao sou ninguém
Ai, que saudade
Que vontade de ver
Renascer nossa vida
Volta querido
Meus abraços
Precisam dos teus
Teus abraços
Precisam dos meus
Estou tão sozinha
Tenho os olhos cansados
De olhar para o além
Vem ver a vida
Sem você, meu amor
Eu nao sou ninguém
Aqui, que saudade
Que vontade de ver
Renascer nossa vida
Volta querido
Meus abraços
Precisam dos teus
Teus abraços
Precisam dos meus
Estou tao sozinha
Tenho os olhos cansados
De olhar para o além
Vem ver a vida
Sem você, meu amor
Eu nao sou ninguém
Sem você, meu amor
Eu nao sou ninguém
Sem você, meu amor
Eu nao sou ninguém
Sem você, meu amor
Eu nao sou ninguém.
("Samba em Prelúdio''
de Odete Lara e
Vinicius de Moraes).