Coquetel fatal
Não me procures onde me deixaste pela última vez.
Lá encontrarás só a mentira,
a falsidade e o desencanto.
E o amor? Ah o amor!
Esse tu mataste e nem percebeste
pois virasse às costas para ele sem um adeus, enquanto ele ficou agonizante.
Ele agora jaz tranquilo e frio numa tumba escura e gelada.
Morreu, coitadinho, com o coquetel fatal que ofereceste
e ele, ingenuamente, bebeu acreditando ser a bebida dos deuses. Não houve chance para o amor que sucumbiu a não reciprocidade, a falta de consideração e a ingratidão. Ele não resistiu a esses venenos mortais.
Segue teu destino à procura de outros corações para machucar.
Segue, vai embora!
Porque o meu coração, por ti, já não pulsa mais.
Nádia Santos
19/05/21