"Morte da senhora Alegria”

Queria que a vã realidade

Passasse de um vil pesadelo

Pois apenas uma palavra

Derrubou meu mundo inteiro

Mundo construído com esmero

Pigmado com mais tenras cores

Mas a “Amarela cor do Espero”

Cobriu meu mundo de flores

Apagou a linda margarida

Dum novo projeto de vida

Os encantos da rosa vermelha

A “Amarela espera” pintou

Notei que já estavam lilás

As raras rosas azuis

E aos poucos ficavam negras

Tingidas por gotas de sangue

Sangue da dor que explodia

O peito com a dura verdade

De ver que a angustia vencia

O amor que durou só três dias

Uma vida de amar de verdade

Nasceu... Coloriu... Faleceu.

Morreu tão rápido, ferida

Àquela sagaz punhalada

Enquanto morria já via

Seu corpo cair na enxurrada

Daquela tempestade malvada

Causada por dura palavra

“Que matou a senhora alegria”

Alegria morreu atravessada

Por punhal da palavra “pressão”

Às vezes uma dura palavra

Turva, derruba, até mata

Esmorece a amiga “Instância”

Entristece a jovem “Esperança”

“Despedaça o senhor “Coração”

Todos fiéis em velar

A doce senhora “Alegria.”

AnjoLuzPoetiza
Enviado por AnjoLuzPoetiza em 06/11/2007
Reeditado em 29/08/2008
Código do texto: T725223
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