Minha vida

Estou descalço

Pé no chão

Pisando em caça

Produzindo anticorpos

Para suportar a solidão

Da sua existência

Do seu chamego

Da sua presunção.

Eu não reclamo

Minha vida vai no tranco

Na base da manivela.

Da concussao do seu desdém

Meu coração se acende numa vela

Devagar e sempre

Esperando pelo trem

Que me levará para trás dos montes

Como uma fera ferida

Que a morte espera.

Flavio Jose Pereira
Enviado por Flavio Jose Pereira em 06/05/2021
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