O susto

De repente

O estalo!

O barulho

Do ricochete.

O resvalo

No entulho.

O estilhaço.

No peito

O oco

No chão

O aço.

O susto!

Mas é pouco!

Se o ouvido é mouco

A alma tosca

E a mente rude.

Abre a boca,

Olha,

Se ilude.

Come mosca

Varejeira.

Se deslumbra

Por besteira.

Produto vencido

Convencido

Na prateleira.

Mas, num agito

O alvoroço!

Num aperto

O estalo.

O barulho...

O resvalo.

O estilhaço

No peito

Corta...

Escorre o lixo...

Morta.

Calo!

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 29/04/2021
Reeditado em 29/04/2021
Código do texto: T7243927
Classificação de conteúdo: seguro
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