LIBERDADE
LIBERDADE
Oh ! minha Dama, minha Sinhá
Fui teu escravo de ganho,
Trabalhando pra te sustentar.
Trabalhei com todo gosto,
Para tua vida melhorar.
Comprei carta de alforria,
Ganhei minha liberdade,
De ti não sinto saudade
Pois vivia a me maltratar.
Deixo o meu coração
No porto da solidão.
Na feira da saudade,
Onde fiz muita amizade
E vivia a trabalhar.
Não sei qual vai ser o meu
Destino. Fui teu escravo desde
Menino. Mas quero me aventu
rar por esse mundo afora. Por isso eu vou me embora, aqui
Aqui não quero ficar.
A liberdade eu comprei,
Do amor eu vejo falar,
A igualdade não sei quando eu
Vou conquistar.
Tudo isso tem valor, será que
Vão me aceitar por esse mundo
Novo que vou caminhar?
A liberdade outrora tão sonhada
Talvez eu não a queira mais.
Quem sabe eu seja prisioneiro
Do meu tempo e da minha história?