Não deixe
Não deixe a depressão te abater
Não deixe o medo te vencer
Não deixe o entusiasmo arrefecer
Mas, me pergunto, o que eu faria
Se estes fossem meus últimos dias?
E se efetivamente fossem?
Arrasto uma existência confinada
Malfadada
Sem poder ver o meu filho...
Negociando as horas com subterfúgios
Refúgios, em meio a uma biblioteca empoeirada
Ou um mundo virtual
Que por breves instantes
Me alheia desse mal
Um nada com um toque de algum sentido
Uma vida perdida?
Uma morte heróica?
Um enterro bandido...