Na penumbra da caverna
Apague a luz do sonho por favor...
Quero ficar bem nesse canto mais escuro.
Meu coração aqui se sente mais seguro,
Pois dessa falsa claridade tem pavor.
Ele prefere estar oculto e escondido.
Deixado outra vez na sombra do esquecimento
Do que te ver apenas em flashes de momentos
Que apenas deixam o meu ego mais ferido.
É que afinal ele já estava conformado
E aprendeu a sobreviver na sua caverna
Essa tristeza dentro dele já é eterna
Pois com ela já estava acostumado.
Então pra quê vir acender a luz da vela
Se o vento bóreo ao seu clarão não favorece.
E, sem ela, Deus não ouve a minha prece
Pois é fraca como a luz que parte dela.
Por isso deixa que me esconda na penumbra
Pois a mesma aos meus olhos não ofusca
Nem desse modo o brilho dos teus olhos busca
E do mesmo jeito o falso amor já não vislumbra
Assim no breu meu coração será poupado
E a chama desse amor não mais se alumbra
E nunca mais por outros olhos se deslumbra
Pois pelos meus não será mais enganado.
Adriribeiro/@adri.poesias