FUGA MENTAL INÚTIL

Escrevendo poemas no monocromático silêncio

Minha vida vazia, o sol que se põe no meu mundo

Deixando o solitário magenta se refletir no mar extenso

Sozinho vagando por horas, minutos, segundos

Eu sou como uma névoa que a tudo consome

Eu apareço e desapareço quando eu bem entender

Eu vago na esperança de achar graça nesse mundo vazio

Eu sou a ninfa dos meus sonhos românticos, o mais forte dos homens

Eu sou o escuro do meu quarto, o anoitecer

O lado da lua nunca visto, o nascer de um rio

As estrelas caem quando percebo ter chegado à desilusão absoluta

Meu mundo interior destruído e quebrado me dá adeus

Os mundos místicos e românticos que existem na minha alma

Fogem de mim agora, perdendo a luta

Contra a realidade que me acorda dos sonhos meus

E me faz lembrar que não posso viver nessa ilusória calma

Se eu pudesse estava bom, eu seria a ninfa mais pura

A elfa, a camponesa, seria a sereia, seria o fogo, o minotauro

Qualquer coisa que pudesse abafar a realidade dura

E me levar à tranquilidade do meu antigo mundo embrionário

Pensando nas nostalgias mais altas, meus ossos se quebram em aterrissagens

Aterrissagens violentas feitas nos hemisférios cerebrais

Não tenho onde me segurar para dar as mãos para a morte e encarar o eterno

Sinto falta de você pois te ignorei, perdida em minhas mentais viagens

Vou aprender a viver nesse mundo e valorizá-lo mais

Caso contrário, quero que conceda-me uma punição no inferno

Os prédios brilhantes da noite pairam com o céu magenta

Tudo o que eu preciso agora é de algum tipo de absolvição

De um consolo, de pensar que sou um novo vaso

Se alguma vez eu pareci ser raso

Eu não estava te tendo como ponto de concentração

Estava na minha mente encarando a tormenta

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Natalia L A
Enviado por Natalia L A em 13/03/2021
Reeditado em 05/10/2021
Código do texto: T7205927
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