Falando sério

Desconsidere esta fala...

É de um quase inexistente.

Que a si mesmo se iguala

A um Deus onipotente.

O que digo, ó por favor!

Não considere, nem nada.

Não tenha peso ou valor

É fala de alma penada.

Bem que eu quís ser eloquente...

Causar a boa impressão ..

Mas foi fala inconsequente...

Acabei um falastrão.

Seu tempo nem desperdice

Para poder me humilhar...

Sei que por tanta tolice

Só me sobra lamentar.

Quis ser um super herói

Te impressionar, valentão...

Mas grande nada e me dói,

Admito, tens razão...

Bem quietinho caio fora

Sumo no grande mundão

Para me esquecer da hora

Em que ví grande ilusão.

Como rabo de pavão

Meu poder pavoneei...

Mas um tolo fanfarrão

Eu brinquei de ser um rei.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 24/01/2021
Código do texto: T7167137
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