A mente e suas armadilhas
profundas marcas
Muitos espinhos, talvez espadas
Necessário manter a distância para não machucar
Na defensiva constante
Do contrário, as pontas afiadas podem até matar
Se não mata, a dor fica, deixando sequelas
Que o tempo apenas ameniza mas não carrega
Racionalidade à flor da mente
Trazendo a tona
a frieza nos nervos, quem sabe os medos...
Os traumas, a pão-durice dos sentimentos
de alguém distante que não se entrega
Olhos cheios de saudade, vazios,
se perdem e tornam-se navegantes
no mar do orgulho, no escuro e no frio
Como a noite que a viu pela última vez
Ainda se lembra e em seu peito reverbera
O gole de cerveja gelada disfarça o gosto desagradável da espera
Não diz nada a ninguém, finje estar muito bem
quando perguntam
Jura que tratou de esquecê-la. Balela...
A fisionomia do cabra muda, o sujeito até assusta só de ouvir o nome dela
Às vezes somos traídos pelo subconsciente, aumentando o que realmente se sente
Cada vez que a gente nega.