A adaga e o ventre

Uma tarde fria e a água fervente

o som daquele vento frio batendo na cortina

uma veste de moletom e os pés frios

e um empoeirado teclado para compor estes versos

Chuvas, trovões e tempos que nunca voltam…

vidas sermões e por fim um alaúde

movimentos do ventre, ao quarto meio escuro

fragmentos, prantos e um criado mudo

Traçados de um homem descontente

são eles versos de um autor triste

que lembras da musa que acabou de partir

são esses olhos que não me permitem ver

Um homem deveria ter o direito de chorar

afinal a vida é tão cruel

ter o direito de deixar a dor deslizar em sua face

dizer aquele sentimento do peito sem medo de se sentir fraco

Choremos senhores, a tristeza trouxe sua sutil companhia

se trago a saudade de me ver alegre

ou de simplesmente chorar em voz alta

estou de luto pelos dias que não me ligaram

Queria ver-te novamente feliz

sozinho eu não consigo mais escrever meus poemas

me abandonaste junto a aquela paixão

me deixou apenas acompanhado desta xícara de café vazia...

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 11/01/2021
Reeditado em 11/01/2021
Código do texto: T7157278
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