Homens, pedras e castelos...
Quanto mais conheço os homens,
Mais admiro os cães.
Com as pedras que me atirarem
Construirei meu castelo
Deserto
De homens...
Pois, estes,
Não valem
O que comem...
E, solitário,
Darei de comer aos cães
Que guardarão minhas
Muralhas
De homens e de pedras
Que voltarão para destruir a morada
Construída
Com as primeiras pedras
Que me atiraram...
Porém, voltemos nós ao início
Do poema...
Se a segunda sentença
Não for verdadeira de todo
(Pois o inimigo, com suas pedras,
Sempre volta à carga)
E meu castelo, convertido em lodo
Não mais me oferecer abrigo
Sigo
Admirando ainda mais os cães
Em minha destelhada, misantrópica
E amarga
Vida.