CONSCIÊNCIA LATENTE
Quisera ser um pássaro – um beija-flor, pode ser
Para estar em inúmeros lugares
Em diferentes jardins
Beijando e sentindo o néctar das flores.
Quisera, quem sabe, ser um ser outro
Um ser capaz de sentir as sensações estranhas
Sentir as emoções daqueles que se enganam como certos
Se é que sentem o sentimento gritando contra.
Há quem engane a própria consciência
Há quem ludibria e que outros o encantam, será?
Há quem, na própria sede de ser o que não é,
Pensa que vive porque morto está.
Durmo calma e em paz com minha consciência
Latente ela está, mas há quem tente violá-la
E em não conseguindo, se esgueira por guetos imundos
Se esconde atrás da própria vergonha de ser rotundo.
Ah! Infame mistura de mentira – verdade disfarçada
Herdada de seres inconscientes, fracos – não latentes
Fantasmas que se vertem, na ânsia de provar
E mentem porque é a forma de vida que conhecem.
Ah! Seres em eterna construção
Mas é a desconstrução do que não consegue construir.
Que engodo vivem tantos ...
Na loucura de ser o que não são.