Bom dia, Maria
Eu trouxe botões para você
Nas manhãs esculpidas de trigo e favo
A brisa delira calmamente em seu fulgor
Com o sol a vida desperta
Os pássaros anunciam a sina
De forma bela
Múltiplas aves se dispõem a cantar
Bela é ela e eu
Que possivelmente poderia a fazer feliz
Distante
Apenas observo
Ela a paqueirar com o trabalhador
Que o grão no moinho moe
Brusco com seus ares de ceifador
Tão sensível e dócil
Fato que poucos sabem
E insiste em agir assim
Enquanto isso
Longe longe
Numa árvore alta
Mas não impossível de se ver
O ninho se desfaz
Não como pruma
Ou como pedra
Cai como ninho
E com o ninho
Meu peito
Se desfaz