PRIMEIRA ESTRELA

Quando criança,

E olhava o céu e via

Uma estrela e ainda era dia

Minha avó sempre dizia

"Para não apontar-lhe o dedo

Pois em sua ponta nasceria

Uma verruga." Que medo!!

Não conseguia entender

O porquê da superstição

E como poderia a estrela

Alcançar a minha mão?

E quando vovó percebia

Que havia me assustado

Ensinava-me uma trovinha

Pra me ver aliviado:

“Primeira estrela da tarde,

Estrela que eu vi primeiro

Traga pra minha vida

Saúde amor e dinheiro”.

Hoje de cabelos brancos

E névoa cobrindo o olhar

Mal posso ver mesmo à noite

Aquela estrela brilhar

Ah! Mas como eu gostaria

De poder perguntar a ela

Por que não me deu ouvido

Não atendeu meu pedido

Feito na flor da idade

E ela responderia,

Que o pedido que eu fazia

Não existia em verdade

Porque aquilo que eu queria

Não passava de utopia

Pois eu sem saber pedia

A completa felicidade.

(poema publicado em meu livro QUEM GOSTA DE POESIA NÃO TEM A ALMA VAZIA Registro EDA Da Biblioteca Nacional sob o número 518.771 - livro 1128 folha 73) n}

Jogon Santos
Enviado por Jogon Santos em 05/12/2020
Reeditado em 09/12/2020
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