DESVENTURA

Corria desvairada pela rua deserta
Contorcendo-se, sente uma súbita aflição.
Ah! Aquela agonia inexplicável! Um estranhamento!
Suas mãos gesticulavam como que apanhando a poeira do tempo.
Os sonhos em fuga e as ilusões perdidas.
Dor da perda, do arrependimento, do erro, da palavra dita.
E o tempo, indiferente, não retrocede.
Sua alma, devastada pelos ressentimentos mil, queda-se.
Perdera-se no espaço vazio da desilusão.
Uma vermelha dor rasga o seu peito.
Fragilidade no instante!
E o amanhã será diferente?
Eu creio.

 
Regina Barros Leal
Enviado por Regina Barros Leal em 01/12/2020
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