MEA CULPA

Pequei,

Pela ingenuidade de querer - te tanto,

Acreditando nas promessas não cumpridas,

Em que o desejo dividiu a razão e o encanto.

Pequei,

Pelas noites acordada a velar teu sono,

Pela sôfrega paixão alucinada,

A perder - me neste olhar tristonho.

Pequei,

Pelos gestos tresloucados de uma alma enamorada,

Pela sublime angústia remédio frequente dos que amam,

Por esperar sonhando e por tua ausência lamentando.

Pequei,

Pela verdade dita sem nenhum receio,

Na escurdião da noite ao ser teu devaneio,

Em plena alegria receber - te por inteiro.

Pequei,

Pelo pudor irriquieto ao teu desabafo,

Quando apressastes em apelo por meu regaço,

Acreditando nos tostões de ínfimos amassos.

Pequei,

Por venerar-te sem nenhum pudor,

Pela languidão do beijo que me deste,

Pela beleza indefinível que o olhar investe.

Pequei,

Por evitar a máscara da verdade,

E envolver - me no momento quem que chegastes,

E como vampiro de minha alma apoderastes.

C.R.S 26/10/07

TEACHER
Enviado por TEACHER em 27/10/2007
Reeditado em 12/07/2008
Código do texto: T711615
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