Capital egoíco

Enquanto as gotas de chuva dançam nas árvores exteriores da minha morada,

Meu corpo sofre da angústia fundamental da pequenez humana

A pequenez do homem comum

A pequene do ser de poucas realizações.

E enquanto a natureza mostra toda a sua grandeza,

Meu ego, fonte de avareza,

explode em frustações frustadas, em frutas prestes a amadurecer (talvez perecer)

Meu ego, do tamanho da natureza,

nada mais é que um sinal de fraqueza,

de fantasias e ilusões as quais me agarro,

fantasias que somem na brevidade de um cigarro

E ao olhar para a cidade, molhada de grandeza,

me vejo afundado na aspereza

da modernidade caótica e sem sal

que molda nossa mente de acordo com o capital