Se há juiz, há réu
Se há juiz, há réu
Quem terás razão.
A mente serena.
A língua pequena.
O enganoso coração.
O dedo sempre apontado.
As emoções em desarmonia.
Filhos e pais.
Patrão e empregado.
Muitos casais.
Convívio geral.
Em toda camada social.
A briga e a intenção.
Se o trigo é abundante.
Porque falta pão.
É fato.
É claro.
A natureza da criação.
Presa e predador.
O enganoso.
Pretensioso.
A ambição.
É bem assim.
E ele, ignorado.
Não praticado.
A preferência pela dor.
Nesse jogo sempre há vítimas.
Inocentes condenados.
Tenho por consciência.
Que não falhe a consciência.
Os céus proclama justiça.
A bagunça dada a cada geração.
O hoje e a briga pela opinião.
O livre arbítrio.
Ninguém é sabedor da razão.
Embora muitos se achem dono do martelo.
Faz do semelhante um prego adversário.
O tribunal cotidiano é cruel.
Um jogo de plantio e colheita.
Os mistérios sendo receita.
Pois a cadeira do destino está vazia.
De amor.
Falar e julgar é o que seduz.
Juiz foi o mundo.
Réu foi a inocente cruz.
Giovane Silva Santos