Se há juiz, há réu

Se há juiz, há réu

Quem terás razão.

A mente serena.

A língua pequena.

O enganoso coração.

O dedo sempre apontado.

As emoções em desarmonia.

Filhos e pais.

Patrão e empregado.

Muitos casais.

Convívio geral.

Em toda camada social.

A briga e a intenção.

Se o trigo é abundante.

Porque falta pão.

É fato.

É claro.

A natureza da criação.

Presa e predador.

O enganoso.

Pretensioso.

A ambição.

É bem assim.

E ele, ignorado.

Não praticado.

A preferência pela dor.

Nesse jogo sempre há vítimas.

Inocentes condenados.

Tenho por consciência.

Que não falhe a consciência.

Os céus proclama justiça.

A bagunça dada a cada geração.

O hoje e a briga pela opinião.

O livre arbítrio.

Ninguém é sabedor da razão.

Embora muitos se achem dono do martelo.

Faz do semelhante um prego adversário.

O tribunal cotidiano é cruel.

Um jogo de plantio e colheita.

Os mistérios sendo receita.

Pois a cadeira do destino está vazia.

De amor.

Falar e julgar é o que seduz.

Juiz foi o mundo.

Réu foi a inocente cruz.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 11/11/2020
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