Ode a Morte
Eu queria não estar aqui
Eu queria não ser eu
Eu queria tudo menos essa vida
De desgostos, erros e solidão
Sentido o assédio da morte
Encontrar eco em cada tropeço meu
Esperando inutilmente que algo mude
Que surja alguém que de sentido
Ou um emprego uma promoção
Um despertar para um novo eu
Mas eu sou aquela velha amargura
E nessa vida estou morrendo
Consumido pelo meu orgulho
A coragem que me falta
É o apego ao que ainda não perdi
Lamento cada passo que dei
E durmo querendo não acordar
O que me mantem de pé é minha covardia
E desses dias só cultivo o gosto pela morte
Só ela pode iluminar meu tunel