DO LADO DE CÁ

Devaneio no espaço,

espera ......

Coração delira;

te aguardo

pra um abraço

daqui a um instante,

quem sabe ?

Alô ! Quem ?

És tu flor, esplendor ?

Ó Deus

és tu ?

Quem ?

Sim, sou eu vida !

Inconsolável

translúcida

mas suprema.

Esta separação

me deixa oprimida.

Que bom escutar

seres tu,

deste lado.

Sabe !

Acredito

mais cedo ou tarde,

cair à teus pés.

Minh´alma arde,

quero abraçar-te

beijar-te o coração

mesmo que seja - as escondidas -.

Vida ! Tenho sentido

o silêncio como ninguém

amo-te,

como jamais amei.

Quero ver-te também

nem que seja

num piscar do olhar.

Amor !

Havia prometido

não vê-la mais,

ocorre

que o amor que tenho a ti

é tão profundo

tão belo

sádio

que esqueci

do que havia prometido

que seria pra esquecê-la.

Tem mais ......

Sempre que clamo teu nome

me chegam inspirações

pra poetar

canções ao vento.

Minha doce vida !

Detesto ficar só.

Que bom teres lembrado

da tua rosa

( por aqui desfolhada )

porque uma nervosidade,

tem sido meu estado;

e o pior

isto em tomado conta de mim.

Amor meu,

não dá pra vermo-nos ?

Não ! Não !

Quem sabe:

outra vez dê ?

Agora mesmo só vejo a ti

mais ninguém;

meu coração chora.

Levanto minha cabeça

e olhos pro céu, desta boca

pedindo a Jesus. Se não fico louca

pra ele voltar.

Palpitam em mim

momentos estranhos neste combate.

Fico gelada pelo susto,

alegria pra ver

o amor virtuoso neste embate.

Nasci !

Diante de mim

graça embaladora

dos meus cantos - renasci ! -

Multidão indiferente

eu, e ele

felizes dentro do peito,

por termos galgado contente

a maior das escaladas neste leito.

Vivo diante

destes olhos reverdejante

do seu e do meu corpo.

Ah bendito seja este instante.

Amor !

Pra onde vamos com este vento ?

Não importa !

Estas diante de mim,

com amor violento

é o que importa ......

Justo silêncio

guardo afinal,

amo e me amas,

somos felizes assim no deserto

te quero

e me queres tu neste natal.

Isto devora meu peito de certo,

assim vivemos eu e tu

te amor, e me amas,

te quero, e me queres tu.

Do Manuscrito: Pra uma rosa com amor.

( Antecedendo o Natal de 1961. O poeta procura ver o lado da busca da mulher pelo seu amado. )

tabayara sol e sul
Enviado por tabayara sol e sul em 25/10/2007
Código do texto: T709415