NA GARUPA

NA GARUPA

Correndo na estrada

de chão firme batido

galopa o cavalo

pra o morro escondido

arrebentando meu peito

com os cascos cortantes

na estrada de terra

minha vida restante.

Para !

Resfolega !

Ai ...!

Rompendo em galope

frenético sem rumo

deixando-me em choque

levando meu mundo

na tarde que chora

molhando a terra

ficando agora

entre vales e serras

abrindo-me uma cova

onde a vida se encerra .

Após este galopeio duro e doído, pego meu Alazão marchador mais rápido e vou-me embora para meu pedacinho de terra, Fazenda Parati . Até mais ver .

Desculpe-me ,na tentativa de aliviar um pouco os “cascos duros” do galope convido-os a dar uma passadinha “À SOMBRA DO IPÊ “

um abraço fraternal !