MARCAS DOS DESENGANOS

MARCAS DOS DESENGANOS - João Nunes Ventura-09/2020

Logo cedinho eu despertei

Imensa vontade de lhe ver,

Assim queria ao sol nascer

Os seus cantos e louvores,

Minha crença eu alimentei

Que essa minha esperança,

Que guardada é lembrança

Nossos sonhos de amores.

Tantos anos e sem lhe ver

E como eu a amava tanto,

Na despedida meu pranto

Na solidão dos meus anos,

E um dia lhe ofereci flores

Vi seu sorriso encantador,

Mas seu coração de amor

Só há tristeza desenganos.

Nos dias que se passaram

Não esqueci que lhe amei,

E quantas noites eu chorei

Lágrima o meu rosto rolou,

E as orações que você faz

Que reze também pra mim,

O seu banquinho do jardim

Lá da praça do nosso amor.

E tantas noites de ternura

Do doce encanto que era,

Nossos dias de primavera

Nas tardes amenas assim,

Ainda se estiver magoada

Com lágrimas derramando,

Eu também vivo chorando

Sem as flores e seu jardim.

Deus mostre-me o caminho

Que faça feliz esse meu dia,

Dai-me a paz minha alegria

No destino dos meus anos,

Meu sonho agora se perdeu

Lágrimas ficaram ardentes,

Saudade os beijos ausentes

No ardor os olhos chorando.

Queria euforia da felicidade

A sonolência dos devaneios,

Descansar os meus anseios

Com os perfumes no jardim,

As flores vão se murchando

E distante abismo profundo,

Da sua imagem em segundo

Breve riso de adeus pra mim.

João Nunes Ventura
Enviado por João Nunes Ventura em 26/09/2020
Reeditado em 26/09/2020
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