Olhos apagados
Estes olhos que agora te fitam,
Tristemente implorando-lhe carinho,
Reluziam respondendo a um leve toque seu,
À tua simples presença.
Hoje apagou-se o brilho,
Que amiúde refletiam-lhe o sorriso;
O sorriso da tua alma carente
Que abrigava meu corpo dormente.
Nestes dias, ao ouvir-te, umedeciam meus olhos,
Orgulhosos por compartilhar contigo
Dias de sol e de chuva
Sob a mesma proteção do amor!
Mas, assim como no estio seca-se o açude,
Rachando-lhe o solo infértil,
Rasgando feridas profundas em seu leito,
Foi-se embora o brilho do meu olhar;
Deixando comigo as marcas da tua ausência;
Faltam-me lágrimas até para chorar!