Olhos apagados

Estes olhos que agora te fitam,

Tristemente implorando-lhe carinho,

Reluziam respondendo a um leve toque seu,

À tua simples presença.

Hoje apagou-se o brilho,

Que amiúde refletiam-lhe o sorriso;

O sorriso da tua alma carente

Que abrigava meu corpo dormente.

Nestes dias, ao ouvir-te, umedeciam meus olhos,

Orgulhosos por compartilhar contigo

Dias de sol e de chuva

Sob a mesma proteção do amor!

Mas, assim como no estio seca-se o açude,

Rachando-lhe o solo infértil,

Rasgando feridas profundas em seu leito,

Foi-se embora o brilho do meu olhar;

Deixando comigo as marcas da tua ausência;

Faltam-me lágrimas até para chorar!

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 23/10/2007
Reeditado em 29/10/2007
Código do texto: T706904
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