SONETO DE RESPOSTA

E assim a ilusão cai como um véu

E diante do desconhecido que há de vir

Não é possível se preparar ou medir

Somente olhar para cima e pedir aos céus

Um cancioneiro solitário um menestrel

Que vaga pelo caminho sem direção

E vive atribulado com sua questão

Quem será nesta vida, qual o seu papel?

O vinho é envelhecido. Seu sabor ? Azedo!

O grito ecoa aos anjos, chegando em seus ouvidos

E a luta pra ti chegou mais cedo

E o porquê está em você, curtido.

Mas você talvez ainda sinta o medo

De sentir o acre gosto do desconhecido.

Carlos Duarte
Enviado por Carlos Duarte em 20/09/2020
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