Condenado á Morte; Sem julgamento
Condenado à Morte; Sem Julgamento!!!!! (115)
Mas… que crime eu cometi?
Pois, se ainda, nem nasci!
Para ser á morte, condenado,
E, cobardemente serei executado!
Fruto impensado dum amor,
Agora, encarado com rancor!
Por meus pais, sentenciado,
Por um abortador exterminado!
Fui gerado, num acto de prazer,
Mas de mim, vão-se desfazer!
Para, não se sacrificarem,
E, sua hipocrisia, lavarem!
Considerado réu, indesejável,
Para alguns; a atitude é louvável!
Porque, os dos direitos humanos,
Que se julgam bons fulanos!
Permitem estes crimes indecentes,
Pais, matarem os inocentes!
Se existem, modos de me evitarem,
Pensem bem, em os usarem!
Eu, não seria então, gerado,
Para, desde o ventre, ser condenado!
Se ao menos fosse criminoso,
Estivesse, no mundo pecaminoso!
Teria um julgamento imparcial,
Num qualquer tribunal !
Presidido, por respeitoso juiz,
Verdade; que é a lei que o diz!
Com direito, a ilustre advogado,
Seria um caso, bem julgado!
Mas .. serem os próprios pais,
Com ares, muito senhoriais!
Que me entregam, ao executor,
Seja um curioso, ou um doutor!
Autorizados, por leis civilizadas,
As vidas embrionárias, ceifadas!
Só, para esconder um pecado,
Talvez alguns, terem adulterado!
Num fugaz, momento de prazer,
Ou, para algum favor obter!
Nem posso, meus direitos ter,
Pela razão de não nascer!
Mas, sou vida, em gestação,
Exijo justiça; não compaixão!
Não matem, mais inocentes,
Humanidade, sejam decentes!
Usem os anti- concepcionais,
Ensinem isso, a amantes e pais!
J. Rodrigues 27/04/07