REGISTRO
 
Eu não construo os meus caminhos
Eu não amestro os meus espinhos
Ando um tanto quanto apressado
Entre os altos prédios, imprensado
 
Eu não destruo as fortes muralhas
Eu não mascaro as minhas falhas
Eu corro de monstros inexistentes
Arrasto na noite minhas correntes
 
Eu trago na alma a marca da surra
Da mão que toda hora me empurra
Para dentro do profundo precipício
De mim não restará nem resquício
 
Mas antes quero deixar registrado
O que nessa vida é do meu agrado
Ouvir heavy metal em alto volume
Devorar uma montanha até o cume
 
Ver o mar com sensação de infinito
Fazer ecoar a melodia do meu grito
E tecer redes com fios de esperança
Degustando a mais bela lembrança

 
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 15/09/2020
Código do texto: T7064104
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