CINZAS DE MIM

Tempo que passa, deixando pedaços de mim,

Não sei por quais estradas caminhar,

Perdi-me tentando me encontrar,

Vivendo em devaneios, sonhando com abstrato jardim.

Os dias vão passando e eu tentando abraçar o amor,

Continuo vagando sob a névoa, na noite fria,

Agarrando-me nas recordações da amada querida,

Mas acordo e me vejo envolto em atmosfera sem cor.

Minha paixão vive num cárcere presa,

Fazendo repousar em meu peito cruel tristeza

Sob a vigília dela, fria solidão.

Da minha gélida torre, contemplo a atroz tormenta,

Que prepara meu amanhecer em aura cinzenta,

Lembrando-me da dura lida do meu sofrido coração.

Vicente M

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 09/09/2020
Código do texto: T7058839
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