CINZAS DE MIM
Tempo que passa, deixando pedaços de mim,
Não sei por quais estradas caminhar,
Perdi-me tentando me encontrar,
Vivendo em devaneios, sonhando com abstrato jardim.
Os dias vão passando e eu tentando abraçar o amor,
Continuo vagando sob a névoa, na noite fria,
Agarrando-me nas recordações da amada querida,
Mas acordo e me vejo envolto em atmosfera sem cor.
Minha paixão vive num cárcere presa,
Fazendo repousar em meu peito cruel tristeza
Sob a vigília dela, fria solidão.
Da minha gélida torre, contemplo a atroz tormenta,
Que prepara meu amanhecer em aura cinzenta,
Lembrando-me da dura lida do meu sofrido coração.
Vicente M