CONTO DE FANTASIAS
 
Enfim, a descoberta: nada havia!
Enfim, o encerramento:
começo e meio – sem fim!
Encerrei uma fase de minha vida,
repleta de memórias vagas e inventadas,
de esperanças e intenções,
de ações planejadas e inexistentes,
de sonhos e fantasias.
Encerrei a fantasia.
Enterrei-a juntamente com:
máscara, mascarado, cavalo branco,
príncipe encantado, mágico e magia.
Enterrei e despenquei à realidade.
Enxerguei-a clara e nítida,
como nunca: nada havia!
Por fim, uma dolorosa lágrima rolou...
Duas, três e quatro, logo, desabaram.
E assim, viveram dias felizes e infelizes:
a realidade, as lágrimas, eu, um gato
e um sapo, ao som de uma gaita,
melancolicamente solitária.
Até o dia em que abri a janela e deparei-me
com o encantar de um novo amanhecer.
 
                                Audrei Marsan
                                     2010

 
AUDREI MARSAN
Enviado por AUDREI MARSAN em 30/08/2020
Código do texto: T7050508
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