ESSE TEMPO CRUEL...

Ouço um relógio a tocar

Uma linda melodia

Já cansa o seu badalar

É escutado noite e dia.

Tic-tac, Tic-tac

Faz o relógio do quarto

Quase me dá um ataque

Já me estou a sentir farto.

Passam os minutos e as horas

Os segundos a cada instante

Chegas tarde, porque demoras?

Deixas-me asfixiante.

No da sala vou escutando

O cântico da Ave-Maria

Logo que estejas chegando

Sinto outra harmonia.

Ó tempo que está passando

Por cima das nossas vidas

Mais velho se vai ficando

Certas coisas são esquecidas.

O tempo também faz parte

Do ritmo da nossa rotina

Por isso também é arte

Da vida...tão pequenina.

Quem sente o tempo passar

Sente aos pulos o coração

Por mais que se tente parar

Quantas voltas se darão?

Por vezes queria tanto

Parar o tempo profundo

Esquecer as mágoas e o pranto

Poder melhorar o mundo.

Ter tempo suficiente

Para amar e ser amado

E mostrar a muita gente

Coisas do meu desagrado.

Tempo etrno, tempo sem fim

Jamais te posso parar

Deixa-me ir vivendo assim

Até Deus...me querer levar!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 20/10/2007
Código do texto: T702438
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