NUM DIA INSÍPIDO
Cadê a poesia?
Eis que já adormece nas entranhas frias da desilusão.
Cadê a poesia que vinha entre nós;
Que brilhava em nossos olhos;
Que voava no vapor dos sussurros.
Cadê a poesia?
E grito:
Poesiaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!...
Já não me escuta!
Mas ainda ouço suas queixas;
Ainda a vejo sentada nos escombros dos meus sonhos
À espera de mim.
Serra 30 de julho de 2020