Malditas Expectativas

Viver nesta pele em que habito

É uma tristeza inconsistente

Uma dor que se aprofunda e se apossa

Um perigo persistente

Não sou alguém fácil de lidar

Me aprisiono nas muralhas que construí

Aqui neste mundo restrito e confuso

Só quero me esconder nesse labirinto profundo

Quando o choro não é mais um escape

Limito-me as palavras que agora caem no papel

Esperando que possam afastar esses sentimentos

Que fazem do meu ser um escarcéu.

Quero sumir,desaparecer na imensidão

Ser uma lembrança boa na vida de alguém

Não esse ser triste e perdido

Consciente da dor de ser esquecido

Minhas malditas expectativas

Sempre me jogam neste espiral

Que giram e se afunilam

Dissolvendo o que resta de vida em mim.

Ana Oliva
Enviado por Ana Oliva em 25/07/2020
Código do texto: T7016593
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