Nós
Que estranho mal me acomete,
Deixando-me a beira da loucura?
Há no meu peito feridas abertas
E eu me recuso a buscar a cura.
São chagas abertas no meu peito
São sonhos espalhados pelo chão
É dor que não cessa noite adentro…
De mãos dadas com a solidão.
Sofrendo outrora por estar só,
Sofrendo antes, agora e depois.
Nós, que um dia fomos um nó,
Sofremos agora por sermos dois.