QUAL RUMO TOMOU A FELICIDADE?
Andei sobre brasas
Com os pés descalços
Sem saber onde estava
E o quanto pisei em falso
Eu precisava tanto fugir
Que não esperei pelo medo
Tesouro nenhum eu descobri
Da sorte não encontrei o trevo
O quanto é apertado o nó
Em volta da minha garganta
Esperava por algo bem melhor
Do que contemplar ao sacripanta
Meus pulsos já tão marcados
E despojados de verter sangue
Cadê o cupido e o arco retesado
Que flechava os novos amantes?
Preciso plantar quantas lágrimas
Para colher um simples sorriso?
E qual foi mesmo a página
Que remetia ao prejuízo?
Ninguém me chama no portão
E tampouco na sala me esperam
Como preencher o vazio do coração
Se basta dar as costas e me espetam...