DESÂNIMO
Guardo em cada verso minha dor, meu sentimento,
De tudo o que vejo e me acontece sem ser culpado,
É a humanidade que deixou de ter valor, momento
De crise da moral e do respeito mútuo, reclamado.
Versos tão longos e verdadeiros, são tão inteiros
Como é a vida dos mártires da desordem mundial,
Que não conseguem dominar a onda de bárbaros
Que invadiram a civilização sem dar qualquer sinal.
O dia a dia imprevisto e de tantos veros conflitos,
Provocam aos inocentes danos tais que os gritos
Se fazem ouvir com eco nas profundezas da gruta
Onde os guerreiros se escondem da criminosa luta.
Sem querer estou envolvido nesta vida sangrenta
De luta constante em que não há escudo de aço
Que me defenda, tendo de improvisar um colete
De força que me proteja meu coração, meu peito.
Já me faltam as palavras para continuar a escrever,
Por achar que não vale a pena, pelo menos interesse
Dos homens livres que desistiram de ainda combater
As hostes inimigas que nos fazem o sangue verter.
Ruy Serrano - 22.07.2020