Deixar ir...

Deixar ir…

Vou adormecer, num amontoado de mágoas e coisas não resolvidas, assim mesmo adormecerei.

Estarei adormecida de olhos fechados, se o acaso abrir uma porta, apenas uma porta, uma porta para mim…

E depois de perder tudo, até uma última chance, acordarei azeda, amarga, e é assim que viverei meus últimos dias…

Morrerei impura, vazia, morrerei.

Talvez eu volte um dia, nessa terra bendita, de pessoas malditas, para ser o que nesta vida, não fui.

Pretendo não encontrar com ninguém desta vida, nenhum assassino de destino.

É bem assim, eu sei.

Cristina Gonçalves
Enviado por Cristina Gonçalves em 10/07/2020
Reeditado em 29/10/2021
Código do texto: T7002011
Classificação de conteúdo: seguro