Vergonha


Ternamente toquei suas mãos, seus cabelos, afaguei.
Como antes, entre beijos, tomei-a em meus braços,
Parecia ser, um último encontro entre nós.
Tudo era silêncio, só da paixão, os rumores.


Continuavas inerte em meus braços, como desejei.
Entregava-se a rebeldia de meus abraços.
Saciei os desejos em longo tempo a sós.
Da quietude do céu, descia sobre nos louvores.


Com pejo em sorriso de menina, me mostraste a aurora.
Caminhamos até não sei onde, sem destino.
Sorrias, fitava-me com olhar resplandecente.
Sim, nós pertencemos na realidade de um louco sonho.


Hoje, o remorso, a recordação, o tempo não levou embora.
Você volta, a covardia, que me transformou em cretino,
E a ironia da vida, nos coloca frente a frente;
O mesmo sorriso de menina, e eu, de ser homem me envergonho.