MEDO

Às vezes tenho medo da vida

E às vezes tenho medo da morte

Tenho medo de não curar a ferida

E de me lançar à própria sorte

Medo de não encontrar a mim mesma

E medo de não seguir o que sou

Temo não ser completa, coesa

Seguindo apenas com o que me restou

Às vezes pensa e repenso

Às vezes tenho medo de sofrer

Medo de me colocar num lugar suspenso

E de me afastar e me perder

Temo não ter mais fé na humanidade

E de sangrar sem me permitir crescer

Tenho medo de encarar uma realidade

Onde meu destino é sofrer

Mas se eu enfrentar o medo

Para andar de mãos dadas com a paz interior

É um grande salto, um apelo

Um olhar para o mundo exterior.

Éryka Patrícia Ramos Pereira (Caruaru/PE)

Eryka Vasconcelos
Enviado por Eryka Vasconcelos em 05/07/2020
Código do texto: T6996384
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