Confissão de Julieta II - Quantos porquês
Sinto vontade de voltar no tempo
Para ter de novo aquele bom sentimento
Eu não sabia que pisaria em espinhos vis
Não imaginei ver céus negros
Dias e noites de desespero
Mas solidão nunca foi novidade pra mim
Se meu caminho não tivesse cruzado ao seu
Depois que a tempestade vivi
E por amar você
Tive que me esconder
Enquanto o amor gritava em meu peito
Eu não entendia como poderia acontecer
Eu pedi pra Deus tirar
O sentimento que tinha em te amar
Um sonho distante
Uma fantasia
Eu imaginei ser coisa da minha cabeça
Mas do jeito que seus olhos me olhavam me envolvia
Eu me via sem resistência
E na carência eu me rendia
Era o príncipe tão esperado
Sempre esperando o momento perfeito
Morri várias vezes dentro de mim
Por causa disso perdi noites de sono
E em outros momentos me vendo sem você no futuro
Eu me via sem rumo
Até morrer eu quis
Como negar um sonho
Que acalma e faz pulsar o coração
Ao mesmo tempo sem conhecê-lo de verdade
Ao mesmo tempo uma saudade inexplicável
Assim os anos se passaram diante dos meus olhos
E eu sem entender seus planos
Por quê brilham os teus olhos
E por quê eles me acompanham...
Por quê foi até onde eu estava
Por quê não quebrou protocolos
Porque não quebrou as regras
Por quê não tocou meu rosto
Por quê me provocou este amor
Por quê nunca veio correndo
Por quê não me fez surpresa
Por quê não me trouxe rosas
Por quê não veio no Natal, reveillon e aniversário
Por quê nunca uma simples mensagem
Como consegues deter teu amor
Eu quis ir embora
Eu quis mudar de cidade
Ir para um outro país
Mas quando eu fazia a esperança morrer
Morria também uma parte de mim
Quantas vezes pensei no teu abraço
E encostei na parede
e dormi no travesseiro como se fosse o seu peito
Ao mesmo tempo a culpa me consumia
Eu não poderia ter esse sentimento
Quanta dor
Quantas lágrimas
Quantas poesias
E eu querendo esquecer o que não entendia
Eu sofrendo e ouvindo profecias
Quantas músicas eu ouvi pensando em você
Quantas coisas que nunca vou poder dizer
Quantos sonhos tive a noite com você
Quantos e quantos porquês