ERA PRA(Z)SER SEM FIM

Nada que delimitem no tempo ou situem no espaço

Tem a força dos teus passos largos,

As flores colhidas em teu regaço

E som da tua voz naquele momento.

Teu corpo pinta o que é belo

Tua boca profana o incurável

E alto infringido pecado

Que fugiu de ti sem a força do acaso

Mas fruto de uma decisão que não conseguiste manter.

E assim me puseste longe

E fizeste por onde meu amor abdicar

E agora sofres teu feito

Que os anos não fizeram aplacar.

Pegas meu desejo ainda inflamado

Exigindo respostas de imediato

E prometendo a mim dedicar...

E a ti olho com olhos laços

Sem saber o que falar.

O meu ego dilacerado com as lembranças do passado

Pensam no mal já amenizado

Nas lágrimas esgotadas,

Nas noites mal sonhadas

E nas sombras que tive que me lançar...

Era pra(z)ser sem fim

Meu amor guardado, mudo

Inerte, mas não nulo

Não sabe o que te ofertar.

Minha cara, talvez,

e somente talvez,

Te queira para sonho e não para te amar.

RENIE RAZ
Enviado por RENIE RAZ em 11/06/2020
Código do texto: T6974601
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