Legado
As ruas ficaram, eu as deixei
pelas madrugadas que zombaram de mim.
Os versos deixados,
são rabiscos sem fim,
destroçados ou mesmo rasgados
pelas mãos que tanto carinho deram.
As paredes envelhecidas,
que tanto amor resguardaram,
eu as deixei sem súplicas...
Sem saudades.
O tempo de espera,
sem doce expectativa,
deixei que a brisa carregasse;
nada há de restar, nenhuma lembrança sequer.
Seu vulto de menina,
querendo ser mulher,
também esvaziou,
perdendo-se em tantas ruas.
Também já não são suas,
as lembranças por tanto tempo cativas.
Ah, e as lágrimas que deixei rolar,
súbito momento vencido
de tanto amor, apenas possuído
pelos restos de uma vida desaforada,
onde, se algo ficou, foi o que deixei,
apenas uma mancha do que tentei fazer.
As ruas ficaram, eu as deixei
pelas madrugadas que zombaram de mim.
Os versos deixados,
são rabiscos sem fim,
destroçados ou mesmo rasgados
pelas mãos que tanto carinho deram.
As paredes envelhecidas,
que tanto amor resguardaram,
eu as deixei sem súplicas...
Sem saudades.
O tempo de espera,
sem doce expectativa,
deixei que a brisa carregasse;
nada há de restar, nenhuma lembrança sequer.
Seu vulto de menina,
querendo ser mulher,
também esvaziou,
perdendo-se em tantas ruas.
Também já não são suas,
as lembranças por tanto tempo cativas.
Ah, e as lágrimas que deixei rolar,
súbito momento vencido
de tanto amor, apenas possuído
pelos restos de uma vida desaforada,
onde, se algo ficou, foi o que deixei,
apenas uma mancha do que tentei fazer.