Poemas
Longo tempo enfumaça meus olhos.
Há uma mistura de desgosto;
tudo é falho e sem validade.
Longo tempo de ausência,
feito de um nada que dia a dia
avança e aumenta.
A febre do desejo então se agiganta,
mas, tudo lembranças.
São desfiles de momentos
por traz da fumaça.
Imagens que fazem fluxos,
que refluem o inexistente de agora.
São traços que riscam a passarela
da tarde de ontem, amarela,
ao negro da noite que atormenta.
Então minha saudade inventa
beijos que circundam minha boca,
abraços que, bem antes, te faziam louca,
mas que hoje,
são apenas trechos de algum poema;
como eu, que sou, simplesmente sou,
alguém que passou em alguma vida,
mas que reteve tua intemerata imagem,
em tudo quanto e quantos tantos
forem os poemas desta bagagem.
Longo tempo enfumaça meus olhos.
Há uma mistura de desgosto;
tudo é falho e sem validade.
Longo tempo de ausência,
feito de um nada que dia a dia
avança e aumenta.
A febre do desejo então se agiganta,
mas, tudo lembranças.
São desfiles de momentos
por traz da fumaça.
Imagens que fazem fluxos,
que refluem o inexistente de agora.
São traços que riscam a passarela
da tarde de ontem, amarela,
ao negro da noite que atormenta.
Então minha saudade inventa
beijos que circundam minha boca,
abraços que, bem antes, te faziam louca,
mas que hoje,
são apenas trechos de algum poema;
como eu, que sou, simplesmente sou,
alguém que passou em alguma vida,
mas que reteve tua intemerata imagem,
em tudo quanto e quantos tantos
forem os poemas desta bagagem.