Mórbido
Pense que a vida se apaga,
tudo está bem próximo.
O que virá, apenas imagino,
será escombros,
como se o terremoto tivesse passado.
Pense, imagine
que a mão estendida,
aquela que há de me afagar,
lançando pedras após,
não será a sua, bem sei.
Imagine ser só,
sem um nada,
se é que se pode criá-lo.
Eu sim, posso vislumbrar
daqui, deste canto onde você bailou,
vibrou a febre do amor,
o que há de vir.
Tento fugir,
mas meus traços pela vida
são riscos confusos;
perco-me na singeleza de ser só,
sem me esquecer que fui amado,
gente em seus beijos;
hoje farrapo de um passado,
que minuto a minuto me prepara para a morte,
bem antes que o orgulho feneça.
Pense que a vida se apaga,
tudo está bem próximo.
O que virá, apenas imagino,
será escombros,
como se o terremoto tivesse passado.
Pense, imagine
que a mão estendida,
aquela que há de me afagar,
lançando pedras após,
não será a sua, bem sei.
Imagine ser só,
sem um nada,
se é que se pode criá-lo.
Eu sim, posso vislumbrar
daqui, deste canto onde você bailou,
vibrou a febre do amor,
o que há de vir.
Tento fugir,
mas meus traços pela vida
são riscos confusos;
perco-me na singeleza de ser só,
sem me esquecer que fui amado,
gente em seus beijos;
hoje farrapo de um passado,
que minuto a minuto me prepara para a morte,
bem antes que o orgulho feneça.