TESÃO DE CARNAVAL
Eu acreditei, eu sei,
Numa coisa de tesão de carnaval.
Nisso, me dei mal.
E as cinzas varridas;
Pelo canto da boca da menina,
Não esperou a quarta feira,
Pra evacuar suas mentiras.
Acreditei,
No momento que veio a contento;
Um desfile sem fantasia,
Uma fantasia sem poesia.
Acreditei na rosa que veio toda prosa.
E um filete de sangue,
Escorre pelo canto,
Da palavra maliciosa,
Deixou meu coração em polvorosa;
E a poesia fudida
Pixada num beco sem saída,
Não serviu pra curar;
A ferida.