Extinção
É tarde, ligeiramente tarde
para perguntas, gestos,
neste mar, mundo reduzido
sem você.
É tarde
para jogar o rosto contra a vidraça
a espera daquilo que não virá,
que jamais nascerá novamente.
Tarde, bem tarde para brilhar,
nas noites que minhas mãos procuram,
seguram em vão.
É tarde para decepções,
preces ou orações;
espalhadas no espaço estão,
suas cores, nas roupas vazias,
nas coisas, pequenas frações
que fogem ao meu toque.
É tarde...
Para você que tanto fez,
para mim, que nada fiz;
naquela tarde,
bem tarde,
que o tempo dissipou,
dividiu em metades.
É tarde...
Para palavras soltas
pelo abstrato,
o sorriso no retrato,
o último recordo
para quem viu tudo tão longe,
bem tarde para pensamentos,
devaneios perdidos na noite.
É tarde, ligeiramente tarde
para perguntas, gestos,
neste mar, mundo reduzido
sem você.
É tarde
para jogar o rosto contra a vidraça
a espera daquilo que não virá,
que jamais nascerá novamente.
Tarde, bem tarde para brilhar,
nas noites que minhas mãos procuram,
seguram em vão.
É tarde para decepções,
preces ou orações;
espalhadas no espaço estão,
suas cores, nas roupas vazias,
nas coisas, pequenas frações
que fogem ao meu toque.
É tarde...
Para você que tanto fez,
para mim, que nada fiz;
naquela tarde,
bem tarde,
que o tempo dissipou,
dividiu em metades.
É tarde...
Para palavras soltas
pelo abstrato,
o sorriso no retrato,
o último recordo
para quem viu tudo tão longe,
bem tarde para pensamentos,
devaneios perdidos na noite.